terça-feira, 16 de junho de 2015

Evidências tomistas que o Anticristo será um herege usurpador


Adaptado de Rodrigo Santana

Comentando sobre II Tes cap. 2, no versículo 4, onde diz o Apóstolo:
(...) o qual se oporá (a Deus), e se elevará sobre tudo o que se chama Deus, ou que é adorado, de sorte que se sentará no templo de Deus, apresentando-se como se fosse Deus. (...) (cf. Vulgata - tradução Pe. Matos Soares)
Santo Tomás diz:
(...) Sinal de sua culpa é o que diz: "até chegar a por seu assento no templo de Deus"; pois a soberba do Anticristo avantaja em muito a de todos os que lhe precederam. Porque assim como se lê de Caio César que quis em vida pusessem em todos os templos uma estátua sua e lhe dessem culto; e do rei de Tiro se diz em Ezequiel 28: "eu sou Deus"; assim é crível o faça o Anticristo chamando-se Deus e homem; e na prova disso se sentará no templo. Mas em que templo?
Acaso não foi destruído pelos Romanos? Por isso dizem alguns que o Anticristo é da tribo de Dan, que não se nomeia entre as outras doze (Ap 7,5); e por isso também os Judeus o receberam primeiro, e reedificaram o templo em Jerusalém, e assim se cumprirá o de Daniel 9,27: "e estará no templo a abominação da desolação" (Mt 24,15). Mas alguns dizem que nunca será reedificada Jerusalém, nem o templo, senão que durará a desolação até a consumação no fim do mundo. Crença que admitem também alguns Judeus; por isso a explicação que dão de "no templo de Deus" a referem à Igreja, porque muitos eclesiásticos o receberão (quia multi de Ecclesia eum recipient). Ou, segundo Santo Agostinho, se sentará no templo de Deus, isto é, exercerá seu principado e senhorio, como se fosse ele mesmo com os seus o templo de Deus, como Cristo o é com os seus. (...)
O que até aqui se conclui? Que o Anticristo se sentará no Templo de Deus, cuja exegese refere-se à Igreja (ao trono de São Pedro), e que muitos eclesiásticos o receberão.  Ele exercerá seu principado e senhorio, como se fosse ele mesmo com os seus o templo de Deus.

Parece muito claro aqui que o Anticristo será um destes hereges usurpadores que vêm ocupando o trono de São Pedro desde que o maçon Angelo Roncalli usurpou do ofício de Papa, para liderar uma falsificada Igreja Católica, ou seja, uma Anti-Igreja, criada à semelhança da verdadeira Igreja, mas eclipsada por esta obscura seita formada a partir do Concílio Vaticano II, com sua liturgia, doutrina e ritos próprios.

A doutrina do Anticristo, a doutrina do Vaticano II é a doutrina de culto ao homem, o que foi deixado bem claro por Montini em 1965 na última cessão do conciliábulo:  “Vós, humanistas do nosso tempo, que negais as verdades transcendentes, dai ao Concílio ao menos este louvor e reconhecei este nosso humanismo novo: também nós — e nós mais do que ninguém somos cultores do homem.”

Essa é uma falsa Igreja Católica, uma igreja preocupada com os pensamentos do homem; centrada no humanismo (cf. Mt. 16, 23). Nada pode ser mais claro, mas os seguidores do Vaticano II parecem estar repletos de cegueira espiritual.

Daí se explica porque o número 666 é o número da besta, pois é o número da ênfase no homem, já que o homem foi criado no sexto dia, sendo “6” o número do homem.

O Professor Orlando Fedeli escreveu um artigo magistral a respeito do número do homem.

De acordo com o artigo:
Por isto, o seis é chamado perfeito nas partes. Ora, Deus fez o mundo em seis dias e a cada coisa que criava, Ele via que a coisa era perfeita. A Criação feita em seis dias, é perfeita em suas partes, tal como o número seis.
O número sete - é bem sabido - significa totalidade. Com efeito, quando os Apóstolos perguntaram quantas vezes deviam perdoar o ofensor, Cristo lhes respondeu que deviam fazê-lo 70 x 7 vezes, para significar sempre, todas as vezes. O sete simboliza totalidade porque ele é composto de 3 + 4, significando pois ordem total; espiritual (3) e material (4). Por isto, este número cabe bem a Cristo, Deus e Homem, que contém toda a ordem, divina e humana. Não é então sem razão que o Apocalipse apresenta Cristo como “aquele que tem os sete espíritos de Deus” (Apoc.,) e que caminha entre os sete candelabros ( ).
O número sete corresponde a muitos totais. Sete são os sacramentos, sendo que três imprimem caráter (Batismo, Crisma e Ordem) e quatro não. Sete são as virtudes, sendo que três são teologais (Fé, Esperança e Caridade) e quatro são cardeais. Sete são os dons do Espírito Santo e sete são os vícios capitais. Sete são as cores, sendo que três são fundamentais e quatro resultam da combinação delas. Sete são as notas da escala, e três delas formam um harmônico. Sete eram as matérias da escola medieval, divididas em: Trivium (lógica, gramática e retórica) e Quadrivium (aritmética, geometria, música e astronomia), sendo que o Trivium era formado pelas ciências que regem a formação e manifestação do pensamento e o Quadrivium estudava as criaturas sob o ângulo matemático. O número sete pode ser formado com 6 + 1 = 7, e então ele significa a perfeição nas partes com Deus.
Em sentido oposto, o 7 menos o 1 resulta em 6, e então o 6 resulta da ordem total sem Deus. Ora, a pretensão da ordem total sem Deus é o sonho do naturalismo. O que é uma grande falsidade, já que “sem Deus nada podemos fazer” ( ).
Assim, o seis significa o falso, e daí 666 representaria o três vezes falso; 666 seria a suprema falsidade. E assim como de Deus se diz: Santo, Santo, Santo, do anti-Cristo se poderá dizer: falso, falso, falso. Diz o Apocalipse que esse número será marcado na testa e na mão dos seguidores do anti-Cristo, e que, sem essa marca, ninguém poderá comprar ou vender. Ter a marca da besta na testa e na mão significa, muito provavelmente, ter as idéias do anti- Cristo e praticar suas obras. Não quer dizer que terão o número materialmente escrito na testa e na mão.”
Prosseguindo com São Tomás, comentando sobre II Tes cap. 2, no versículo 8, onde diz o Apóstolo:

(...) E então se manifestará esse iníquo a quem o Senhor Jesus matará com o sôpro de sua boca, e destruirá com o resplendor de sua vinda; (...) (cf. Vulgata - tradução Pe. Matos Soares)
Ao dizer logo: "e então se deixará ver", põe-se a chegada do iníquo e sua pena; primeiro sua manifestação, logo sua pena. Quanto ao primeiro diz: aquele, o único, iníquo, perverso, se deixará ver, porque sua culpa se fará patente, "a quem o Senhor Jesus matará com o alento de sua boca". - "O zelo do Senhor dos exércitos é o que fará estas coisas" (Is 9,7), isto é, o zelo da justiça, que é amor; porque o espírito de Cristo é o amor de Cristo, e este zelo é o que o Espírito Santo tem para com a Igreja. Ou com o alento de sua boca, isto é, por ordem dela; porque São Miguel lhe dará morte no Monte das Oliveiras, de onde Cristo subiu aos céus. De sorte parecida encontrou seu fim Juliano, o Apóstata, executado por mão divina. E esta é a pena presente, embora também será castigado com a eterna, porque "o destruirá com o resplendor de sua presença", isto é, com sua chegada que tudo o porá como um sol (1Co 4). E o destruirá, digo, com a eterna condenação (Sl. 27). Diz também resplendor, porque o Anticristo pareceu encher de trevas a Igreja, e as trevas são desterradas pelos resplendores; porque tudo o que o Anticristo dará a conhecer será demonstrado haver sido mentira. (Et dicit, illustratione, quia ipse visus est Ecclesiam obtenebrare, et tenebrae expelluntur illustratione, quia quicquid Antichristus ostenderit, ostendetur fuisse mendacium.) trad.: mendacium = mentira, invenção, disfarce.
O que podemos compreender sobre o fato do “Anticristo parecer encher de trevas a Igreja”? Como “encher de trevas”, podemos entender: encher de sombras; de obscuridade; de escuridão; de fumaça, pois a fumaça dificulta a visibilidade.

O Anticristo não somente lançaria pouca escuridão na Igreja, mas a encheria desta escuridão. Dando-se a entender que haveria trevas em muita quantidade.

Logo em seguida, comenta-se que o resplendor de Cristo mostrará que “tudo o que o anticristo dará a conhecer será demonstrado haver sido mentira”. O que entender disto?

O Anticristo dará a conhecer ou ensinará muitas mentiras em oposição à doutrina de Cristo confiada unicamente à sua Igreja.

Concluindo, então o que pensar?

1) Da primeira análise, o Anticristo estaria no lugar do Papa.
2) O Anticristo encheria a Igreja de trevas.
3) Ensinará mentiras, ou seja, falsas doutrinas.

Portanto, toda essa exegese de São Tomás de Aquino e nossas ponderações dão testemunho claro de que o Anticristo não será nenhum líder político secular, mas um usurpador da seita do Vaticano II, que obscureceu a verdadeira Igreja com seu culto à mentira e ao demônio.

Fonte:
http://catolicismoeconservadorismo.blogspot.com.br/

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